O cyberbullying é uma nova forma de violência usada principalmente entre os adolescentes, mas em alguns lugares do mundo, o uso das ferramentas tecnológicas para a prática do bulliyng é apenas uma das formas de violência usadas contra crianças e jovens nas escolas em diversas partes do mundo. Segundo o relatório Uma Lição Diária: #STOPViolênciaInfantil nas escolas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), publicado como parte da campanha mundial #ENDviolence Against Children. O documento se baseia em dados coletados de diferentes estudos e pesquisas entre 2003 e 2017.

O estudo aponta que o assédio e as lutas físicas estão presentes na educação de 150 milhões de crianças entre 13 e 15 anos de idade em todo o mundo. Uma realidade preocupante que afeta a aprendizagem e o bem-estar dos estudantes, tanto nos países pobres como nos ricos.

“Todos os dias, muitos estudantes, pessoalmente ou através da internet, enfrentam uma série de perigos, de lutas, a pressão para envolvimento com gangues ou intimidação de formas violentas de disciplina, assédio sexual ou violência armada. Estas situações afetam a aprendizagem no curto prazo, e, eventualmente, podem causar depressão, ansiedade e até mesmo levá-los ao suicídio em casos extremos. A violência é uma lição inesquecível que nenhuma criança deve aprender”, destaca o diretor executivo do UNICEF, Henrietta H. Fore, que lembra ainda “a educação é fundamental para a construção de sociedades pacíficas”.

O relatório do UNICEF mostrou que um 1 em cada 3 estudantes entre 13 e 15 anos de idade no mundo se sentiu assediado e quase a mesma proporção esteve envolvida em brigas físicas.

– 3 em cada 10 estudantes em 39 países industrializados reconhecem ter assediado outros colegas;

– Cerca de 720 milhões de crianças em idade escolar vivem em países onde o castigo corporal na escola não é completamente proibido;

– Apesar de meninos e meninas correrem os mesmos riscos de bullying, as meninas são mais propensas a serem vítimas de violência psicológica; já as crianças correm maior risco de violências físicas e ameaças;

– O relatório indica que a violência derivada do uso de armas, facas ou armas nas escolas continua a exigir vidas. Ele também explica que, em um mundo cada vez mais digital, os stalkers estão espalhando conteúdo violento, prejudicial e humilhante com apenas um clique.

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